Já olhou ao seu redor e se perguntou: o que eu tô fazendo aqui?
Essa história de “trabalhar com propósito” tem estado na nossa cabeça ultimamente. Mas, o que isso realmente significa?
Aqui no Ensina a gente acredita que você pode descobrir qual é o seu propósito refletindo sobre sua jornada e seus valores. No Programa de Desenvolvimento de Lideranças, ao longo de dois anos, oferecemos treinamentos e atividades que vão te ajudar a pensar melhor sobre suas escolhas de carreira.
Na nossa rede, nós temos diversos casos de pessoas que iniciaram a sua jornada profissional em carreiras tradicionais mas resolveram reinventar a jornada e se dedicar profissionalmente para causar impacto positivo e transformação de realidades. Uma dessas pessoas é Jaqueline Novoletti, advogada e alumni do Programa. Confira abaixo o que ela tem a dizer sobre essa experiência!
Por que é importante refletirmos sobre nossa trajetória?
Há uma música do ColdPlay, uma banda que gosto muito, que diz a seguinte frase: “Todas as pessoas andam em linha reta, por que você não faz uma curva?”
Penso que a vida não precisa ser uma linha reta, você pode explorar várias coisas, sempre se questionando se o caminho que estamos indo dialoga com o nosso propósito e nossa vontade ou se é por uma pressão social. Temos que entender que podemos tentar diversos caminhos, não precisamos ficar presos.
O que te levou a participar do Programa do Ensina Brasil?
Com a mudança de carreira, fui do corporativo empresarial ao corpo ativo escolar. Depois que me formei, eu era advogada trabalhista e algo que me instigava muito era o fato das pessoas que mais precisavam saber dos seus direitos, muitas vezes, não sabiam. Então esse foi o primeiro incômodo e eu quis mudar de trajetória, porque eu percebi que atuando na educação eu poderia fazer com que os estudantes soubessem os direitos que eles têm enquanto cidadãos.
Qual é o seu propósito?
O meu propósito é mostrar que os estudantes podem ocupar espaços. Minha intenção não é que todos, de forma unânime, sejam médicos, engenheiros e advogados. Eu quero que os estudantes sejam o que eles querem ser, sem deixar de enxergar outros espaços e oportunidades.
O que você diria para as pessoas que, assim como você, iniciaram uma carreira tradicionalmente vista como bem-sucedida mas não se sentem satisfeitos(as) com ela?
A vida de professora, ainda no ensino remoto durante a pandemia, me ajudou a enxergar coisas que já faziam tanto sentido para mim, mas o retorno presencial foi o responsável por me fazer aplicá-las numa frase: na escola não devemos ter medo do erro, ou melhor, devemos nos valer exatamente dele. E isso é algo que eu lembrava todos os dias em que pisava na sala de aula. Afinal, durante algum tempo, sobretudo depois dos meus anos escolares, eu fui a garota que tinha medo de errar.
O que te levaria a ter medo de errar? As consequências práticas do erro, o julgamento alheio ou a autocrítica? No meu caso, era um combo que envolvia os três itens. Um medo que me impedia de tentar coisas novas, olhar para novas direções, assumir riscos em todas as esferas da vida. Eu havia me esquecido do quanto eu poderia tentar e só pensava no quanto eu poderia errar tentando.
Assim, a oportunidade de viver uma trajetória docente me deu a chance diária de reforçar, a mim mesma e aos meus estudantes, a potência que a escola possui em nos permitir experimentar, construir, estar e, desde logo, ser, entendendo que já somos.
E você, qual foi a última vez que refletiu sobre a sua trajetória?
1 comentário em “Conheça a história da advogada que reinventou a jornada para trabalhar com impacto social”
Tenho experiência em docência há 15 anos.
Será um prazer compor esse quadro de professores que buscam uma realidade de sucessos para o educando.